De manhã, enquanto tomava o meu leite com café, ouvi num noticiário o nosso primeiro-ministro – regressado do um safari no Quénia – dizer enxofradíssimo que a exploração política do tema das suas férias “tem sido demagógica, injusta e mesquinha”. E acrescentou que “o país teve um primeiro-ministro em funções”. É verdade, ninguém pode dizer o contrário.
Não fui uma das pessoas que criticou a ausência de Sócrates, mas revolta-me a leviandade com que os políticos dizem certas coisas.
Se calhar ficava bem – só isso – que Sócrates tivesse interrompido as suas férias para ter ido ver e falar com as pessoas que perderam tudo. Com as pessoas que, com olhos marejados de lágrimas e voz embargada, falavam da falta de apoio, da falta de coordenação, da falta de tudo... Essas pessoas só queriam uma explicação, só queriam ouvir algo… da voz do primeiro-ministro que estava no Quénia enquanto o País ardia.
É verdade que estava cá António Costa, o primeiro-ministro em funções. Mas, e devido ao meu raciocínio tortuoso, considero que foi em Sócrates que 45,05 por centos dos portugueses votaram, e não em António Costa. E foi também em Durão Barroso que os portugueses votaram, e não em Santana Lopes. Recordo que este foi um dos argumentos mais utilizados pelos socialistas para pedirem a Jorge Sampaio que convocasse eleições antecipadas.
Afinal quem é o primeiro-ministro?
Não fui uma das pessoas que criticou a ausência de Sócrates, mas revolta-me a leviandade com que os políticos dizem certas coisas.
Se calhar ficava bem – só isso – que Sócrates tivesse interrompido as suas férias para ter ido ver e falar com as pessoas que perderam tudo. Com as pessoas que, com olhos marejados de lágrimas e voz embargada, falavam da falta de apoio, da falta de coordenação, da falta de tudo... Essas pessoas só queriam uma explicação, só queriam ouvir algo… da voz do primeiro-ministro que estava no Quénia enquanto o País ardia.
É verdade que estava cá António Costa, o primeiro-ministro em funções. Mas, e devido ao meu raciocínio tortuoso, considero que foi em Sócrates que 45,05 por centos dos portugueses votaram, e não em António Costa. E foi também em Durão Barroso que os portugueses votaram, e não em Santana Lopes. Recordo que este foi um dos argumentos mais utilizados pelos socialistas para pedirem a Jorge Sampaio que convocasse eleições antecipadas.
Afinal quem é o primeiro-ministro?
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